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De novo a publicação de cartoons suscita polémica. Desta vez, aconteceu nos EUA: o jornal New York Post, publicou o cartoon reproduzido acima. Apesar das desculpas do jornal e das explicações do cartoonista e do editor do jornal, muitas pessoas entenderam tratar-se de uma representação do Presidente Obama. Apesar de aproveitar um acontecimento bizarro que teve lugar alguns dias antes (uma mulher foi atacada por um chimpanzé doméstico que foi abatido pela polícia), a verdade é que parece evidente a intenção última do cartoon. Não vale a pena tecer demasiados comentários acerca do mau gosto da coisa. Aliás, este jornal New York Post é apenas um pasquim de quinta categoria, já criticado (embora não com tanta veemência) por outro grupos minoritários. No entanto, a questão essencial é que tem todo o direito em publicar o que entender. Exactamente na mesma medida que os ofendidos têm de protestar. Por sinal, parece estar a tornar-se uma tradição americana, caricaturar os presidentes como símios.
A liberdade de expressão, enquanto base das Democracias não pode ser colocada em questão, simplesmente porque determinado grupo de pessoas não gosta de se ver retratado. É apenas humor. De mau gosto? Talvez. Mas, desde sempre, as formas mais inovadoras de humor se pautaram pela expressão de formas que podem ser consideradas grosseiras (a Igreja Católica, os gays, os deficientes, os ricos, a pobreza, o incesto, a pedófilia já foram objecto de piadas).
O que realça daqui é, acima de tudo, a diferença capital entre o comportamento de alguns americanos e o de alguns muçulmanos (na sequência de outros cartoons igualmente polémicos). Ambos discordam da essência do desenho, ambos se sentem ofendidos. No entanto, a forma de demonstrar esse protesto encontra formas radicalmente diversas.
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