. ...
. Quando a Arte era Arte 4 ...
. Stars
Apesar das intimidações (candidamente apelidadas de "advertências" das autoridades venezuelanas para não fazer declarações contra o presidente Hugo Chávez nem pronunciar-se sobre o regime), Mario Vargas Llosa não se deteve e falou abertamente no Encontro Internacional Liberdade e Democracia, em Caracas, afirmando que a Venezuela poderia converter-se numa segunda Cuba, aproximando-se cada vez mais da ditaduras comunistas.
Como podem ver, o video acima foi captado no dia 19 de Maio em Edmonton, no Canadá. Estes nevões tardios não são inéditos mas tratam-se de fenómenos raros.
Não muito longe dali, no Alasca (EUA), surgem relatos do crescimento do glaciar Hubbard ao ritmo de 2 metros por dia (sim, dois metros por dia). O seu crescimento poderá levar ao encerramento da passagem de Russel provocando uma catástrofe ambiental, uma vez que permitirá a entrada maciça de água doce num ambiente essencialmente marinho.
Suponho, portanto, que isto seja obra do aquecimento global...
O Professor Doutor de Coimbra Vital Moreira, durante um comício em Évora, associou "figuras gradas ao PSD" à "roubalheira" do BPN. Com isto, confirmamos uma coisa que já sabíamos acerca do douto Professor: dois pesos e duas medidas. O que ainda não sabíamos era que também possuía dotes de vidente. É que o senhor Professor já se adiantou aos tribunais e já condenou suspeitos e botou sentença.
Circula por aí um vídeo que associa imagens violentas de animais maltratados ao deputado Paulo Rangel. A coisa é tão baixa e vil que me abstenho de colocar o vídeo.
Assim vai a política em Portugal: baixinha, baixinha...
Já há uns tempos que não falava de livros. Entretanto reli alguns, descobri outros mas, presentemente, estou a meio deste Catarina de Bragança, de Isabel Stilwell. Um pouco decepcionante, devo dizer. Pelo menos, para quem esperava outra coisa. A verdade é que, tendo em conta o que a autora escreve habitualmente na imprensa, não devia ficar surpreendido. É verdade que se trata de uma biografia sem grandes erros históricos mas que pouco adianta ao que normalmente se conhece da personagem histórica. Por isso, esperava algo mais - digamos - académico. O problema principal nem sequer é o conteúdo, é antes o tom. Na evidente tentativa de tornar o livro acessível a um público vasto, a autora transformou a História numa novela das oito, cheia de amores, pensamentos adolescentes, diálogos coloquiais (será possível que numa família real do século XVII, todos se tratassem por tu?), diálogos algo fantasiosos, estereótipos da historiografia romântica (D. João IV é um fraco, sem vontade; D. Luísa de Gusmão é a verdadeira governante do reino; D. Teodósio é o príncipe perfeito; D. Afonso VI um pateta disforme; Carlos II de Inglaterra um estouvado com bom coração; D. Catarina a verdadeira heróina clássica, frágil mas decidida, apaixonada mas inteligente).
Ao fim e ao cabo, o livro não é intragável. O seu maior problema, na minha opinião, é "juvenilizar" demasiado a História, tornando-a apetecível a todos. Um exercício louvável mas vulgar.
Uma novidade. Às vezes, pode ser um bocadinho excessivo mas aprecio o estilo...
http://www.nme.com/video?bcpid=1659851007&bclid=1755457108&bctid=24264236001Hard Times - Patrick Wolf
O ministro-que-parece-clone-de-Sócrates aproveitou o facto de o candidato do PSD, Paulo Rangel, ter perdido o voo da Madeira para o Continente, para fazer umas graçolas mal criadas e despropositadas. É que em termos de atrasos o seu chefe tem vasto currículo. Três palavrinhas para refrescar a memória: vaia, ópera, CCB (com a agravante de ter cometido a deselegância de atirar as culpas para cima de um governante de outro país).
Dias Loureiro renunciou ao cargo de Conselheiro de Estado. Já foi tarde. Mas, como diz o povo, mais vale tarde do que nunca. O que já é mais do que se pode dizer de muitos outros... É que parece que a tão propalada "ética republicana" só se aplica aos outros.
Cada vez que vejo o Professor Vital Moreira na televisão sinto um certo constrangimento. É um sentimento comum sempre que vejo alguém a fazer uma triste figura. Especialmente, quando se trata de alguém cujo brilhantismo académico é largamente reconhecido. O fenómeno é comum. Todos conhecemos "mentes brilhantes" que se revelam totalmente inaptos nas relações sociais mais espontâneas; gente que domina o denso vocabulário científico com mestria mas que, noutras circunstâncias, apenas balbucia ou produz os mais rematados disparates. É uma explicação para a péssima prestação do Professor Vital nesta campanha para as eleições europeias. Bom, ou isso ou a simples falta de ideias ou a falta de consistência das poucas que apresenta. É que não lembra ao Diabo, numa altura destas, vir propor um novo imposto e, ainda por cima, ter o desplante de dizer que só o esclarece depois das eleições!
"É, com efeito, difícl conceber como poderiam homens que renunciaram inteiramente ao hábito de se dirigirem a si mesmos, serem bem sucedidos quando se trata da boa escolha dos que devem conduzi-los; e não se vos fará crer que um governo liberal, enérgico e sábio fosse alguma vez sair dos sufrágios de um povo de servidores."
(Da Democracia na América, Alexis de Tocqueville)
Está tudo dito. Em democracia, cada país tem os governantes que merece.
. Blogs
. Abrupto